
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso do sargento da Polícia Militar Alessandro Oleszko, que foi baleado por colegas de farda durante um surto em Satuba e morreu no hospital dias depois. A viúva, que também é policial militar, e a filha mais velha dele prestaram depoimento nesta quinta-feira (14), na delegacia da cidade.
A delegada Fabiana Leão está coordenando as investigações. Por meio da assessoria da Polícia Civil, a delegada informou que ainda não vai divulgar informações sobre o andamento do inquérito no momento.
A filha do sargento, Karoline Oleszko, questionou a conduta da Polícia Militar para lidar com um integrante que sofria com problemas psiquiátricos.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que está apurando os fatos e providenciando as medidas administrativas necessárias para esclarecer o caso.
Karoline Oleszko contou que o pai não estava bem psicologicamente e que, no domingo (10), atirou contra a casa do ex-marido dela, que a perseguia há bastante tempo, e que o pai dela, abalado pela situação, queria protegê-la e agiu por impulso, atirando contra a casa do ex-genro.
O sargento foi baleado por colegas da PM, que foram buscá-lo em casa a mando da Corregedoria da Polícia. Segundo a PM, Alessandro Oleszko estava em surto, ameaçou os policiais com arma branca e precisou levar um tiro na perna para ser contido. Ele chegou a ser levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu.
Alessandro Oleszko nasceu no Rio Grande do Sul, mas morava há mais de 20 anos em Alagoas. Ele integrava a PM-AL há 15 anos. No dia em que foi morto, estava afastado para tratamento psiquiátrico e psicológico. Dias antes de ser morto, ele gravou vídeos dizendo que estava sendo perseguido.
O sargento tinha três filhas e dois netos do primeiro casamento e um casal de filhos do segundo matrimônio.