A srª. Maria José da Silva (49), que foi vítima de violência em Tanque D’Arca, publicou um vídeo em uma de suas redes sociais e se pronunciou sobre o caso, reiterando o que havia dito à polícia e mencionando a tentativa de coibição que sofreu por parte da pré-candidata à prefeitura da cidade, Adriana Wanderley, e do esposo, Vone Valença, que é primo de Gláucio Valença, envolvido na situação que resultou na agressão.
“O que o Vone e o que a Adriana e o Fabiano queria era para mim tirar a queixa. E me deu R$ 50 pra mim tirar a queixa e era o suficiente pra mim ir e voltar e tirar a queixa e botar o meu irmão, só o meu irmão*”, contou Maria José. “Eu fui arrastada e jogada no meio da rua, que nem um cachorro. E o senhor Gláucio nunca veio na minha casa para resolver. Tudo tinha um jeito, mas não, eles preferiram calar a minha boca com R$ 50”.
Em janeiro deste ano, a vítima havia retornado de viagem e ficou sabendo que sua cadela havia sido atacada por um pitbull pertencente a Gláucio, que é patrão de seu irmão, Luciano Vital. Maria relatou à polícia que foi até a fazenda do proprietário do cão para tirar satisfação e acabou sendo hostilizada pelo irmão. Na ocasião, Gláucio teria sacado uma arma e mandado Luciano “resolver” o problema, momento em que a mulher foi derrubada e sofreu mais agressões.
Depois de ser agredida, Maria recorreu à Associação de Mulheres Empreendedoras (AME) da cidade, cuja presidente local é filha de Adriana, mas nenhuma providência foi tomada. Ao contrário, Vone e Adriana teriam pedido para ela retirar o nome de Gláucio da denúncia que havia registrado, mas a mulher respondeu com uma negativa.
Foi depois de pedir ajuda ao prefeito Will Valença que Maria recebeu o auxílio da Patrulha Maria da Penha e foi levada até o fórum de Arapiraca, para conseguir uma medida protetiva de urgência.
Leia o caso completo aqui.
*A frase reproduz a fala da vítima no vídeo, da mesma forma como foi dita.