Nesta sexta-feira (5), a Polícia Civil (PC) do Rio Grande do Sul deflagrou uma operação contra fraudes, corrupção e lavagem de dinheiro ligadas à Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre. A ação aconteceu em sete cidades gaúchas, três de Santa Catarina e duas do Paraná.
A investigação policial que resultou na operação buscou analisar cinco processos de compra pela Smed em 2022. A suspeita é de que uma servidora foi subornada para beneficiar uma empresa contratada. O empresário envolvido teve bens apreendidos, incluindo uma Ferrari e outros dois carros de luxo.
O saldo final da operação foi o cumprimento de 36 mandados de busca e apreensão, cinco servidores suspensos dos cargos da função pública e quatro veículos apreendidos. Além disso, sete empresas e cinco funcionários foram impedidos de fechar contratos com o poder público.
Segundo a PC, os servidores da Smed realizavam contratos com algumas empresas para a aquisição de brinquedos pedagógicos, kits de robótica, livros, entre outros objetos. Contudo, os processos de compra tinham características semelhantes, indicando um direcionamento da administração da pasta com as empresas contratadas.
A investigação verificou que a empresa era a responsável por oferecer, de forma direta, o produto à Smed, com a indicação de qual ata deveria ser adotada. O ato constitui uma inversão no processo tradicional de compra, que não era iniciada por um estudo técnico prévio da necessidade de se obter o produto.
O custo total das aquisições ultrapassou R$ 58 milhões.