As autoridades da Venezuela estão investigando a líder da oposição no país, Maria Corina Machado, por uma suposta traição após ela ter expressado apoio a um projeto de lei bipartidário dos Estados Unidos.
A medida busca impedir Washington de fazer negócios com qualquer entidade que tenha laços comerciais com o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Em uma declaração, a Procuradoria Geral do País disse que o apoio de Machado é considerado um “terrível ato criminoso contra o povo venezuelano”. Machado também está sendo investigada por conspiração com países estrangeiros e associação para cometer um crime.
Machado, uma das principais líderes da oposição da Venezuela, foi proibida de concorrer na eleição presidencial de julho no país. A votação foi marcada por alegações de fraude que resultaram na prisão de figuras da oposição.
A CNN entrou em contato com a equipe de Machado para comentar.
O projeto de lei dos EUA, apresentado pelos deputados da Flórida, Mike Waltz, do Partido Republicano, e Debbie Wasserman Schultz, do Partido Democrata, foi aprovado pela Câmara dos Representantes.
Waltz, a quem o presidente eleito Donald Trump pediu para atuar como seu conselheiro de segurança nacional, escreveu que Machado “continua sendo um farol de esperança para os venezuelanos que rejeitaram Maduro e seu autoritarismo socialista” ao anunciar o projeto de lei.
Maria Corina Machado, que está escondida, mais tarde agradeceu a Waltz e à Câmara dos Representantes por aprovar a iniciativa.
Durante um evento televisionado, Maduro criticou o projeto de lei e disse que as ações da oposição contra ele não serão bem-sucedidas.