A Turquia acordou neste domingo (4) privada de acesso ao Instagram pelo terceiro dia consecutivo, depois de um alto funcionário turco ter acusado a plataforma americana de censurar mensagens de condolências pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniveh.
A decisão de encerrar o acesso ao Instagram foi anunciada ainda na manhã da sexta-feira em seu site pela Autoridade Turca de Tecnologia da Informação e Comunicação (BTK), sem dar qualquer explicação.
Posteriormente, um funcionário citou um regulamento que permite o bloqueio de “conteúdo criminoso”, sem fornecer mais detalhes.
"Nosso país tem valores e sensibilidades. Apesar dos nossos avisos, eles não levaram em conta o conteúdo criminoso. Impusemos uma proibição de acesso. Quando respeitarem as nossas leis, a proibição será levantada", disse o Ministro dos Transportes e Infraestruturas, Abdulkadir Uraloglu.
O diretor de comunicações da presidência turca, Fahrettin Altun, criticou duramente o Instagram na quarta-feira, afirmando que a plataforma “impede as pessoas de postarem mensagens de condolências pelo martírio do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh”.
“Esta é uma tentativa muito clara e óbvia de censura”, denunciou Altun na rede social X.
Os partidos de oposição CHP (social-democrata) e Iyi Parti (nacionalista), bem como a Ordem dos Advogados de Ancara, recorreram aos tribunais para anular a proibição de acesso. Segundo a mídia turca, o Instagram tem mais de 50 milhões de usuários na Turquia, entre os 85 milhões de habitantes.