Quatro terras indígenas monitoradas pelo Greenpeace já tiveram uma área de 27.250 hectares, aproximadamente 38.165 campos de futebol, impactada pelo garimpo ilegal. As unidades são Kayapó (PA), Yanomami (AM/RR), Munduruku (PA) e Sararé (MT).
Juntas, as quatro unidades respondem por 11% de toda a área afetada pelo garimpo na Amazônia. Só de julho a setembro, período do boletim mais recente do Greenpeace, a área degradada por causa do garimpo somou o equivalente a 707 campos de futebol.
Dentre os quatro territórios, o Kayapó é o que teve a maior área afetada, algo próximo do equivalente a 22.383 mil campos de futebol. No trimestre, o território ainda teve a maior concentração de garimpo, novas áreas desmatadas para garimpo e também foi o mais afetado pelas queimadas neste ano.
Embora as terras indígenas sejam um importante foco dos garimpeiros, a atividade não se restringe a apenas estes locais, explica o porta-voz do Greenpeace Brasil, Jorge Dantas.
“O crime ambiental não conhece fronteiras, então, você tem unidades de conservação também sofrendo com o garimpo, esse garimpo indo para outras áreas, outras cidades, outros territórios (indígenas). Isto é algo que a gente precisa, enquanto sociedade, ficar muito atento”, pontua Dantas.