Donald Trump na US Steel Corporation–Irvin Works em West Mifflin, Pensilvânia. — Foto: REUTERS/Leah Millis
O aumento nas tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados nos Estados Unidos entra em vigor nesta quarta-feira (4). As cobranças, que até então eram de 25%, passam a ser de 50%, conforme decreto assinado pelo presidente Donald Trump. A medida impacta o Brasil.
No texto, o governo dos EUA afirma que o objetivo das cobranças é garantir a segurança nacional. O Reino Unido, que recentemente chegou a um acordo comercial com os norte-americanos, é a única exceção: continua com tarifas de 25%.
O novo decreto confirma a promessa feita por Trump na última sexta-feira (30). Nas redes sociais, ele havia anunciado sua decisão de dobrar as taxas sob o argumento de "proteger ainda mais a indústria siderúrgica americana".
"Essa será mais uma grande dose de boas notícias para nossos maravilhosos trabalhadores do aço e do alumínio. Façamos a América grande novamente", escreveu ele, ao anunciar a medida.
A aplicação das taxas atingiu diretamente o setor siderúrgico de grandes parceiros comerciais dos EUA, como Canadá e México. O Brasil, segundo maior fornecedor de aço do país, também foi impactado.
Para as empresas com fábricas no Brasil, os efeitos variam. De um lado, estão as companhias com forte atuação no mercado externo, que tendem a ser mais prejudicadas pela queda nas exportações.
De outro, estão aquelas com foco maior no mercado interno, que sentem menos o impacto direto. No entanto, essas empresas enfrentam o desafio de lidar com o possível aumento da oferta de produtos no mercado doméstico — o que pode pressionar os preços e reduzir as margens de lucro.