O diretório paulistano do PSB, partido da pré-candidata Tabata Amaral, encaminhou uma representação ao Ministério Público Eleitoral pedindo a abertura de um inquérito contra Pablo Marçal (PRTB), pela prática de pagar seguidores que distribuem cortes de seus vídeos nas redes sociais. A prática foi revelada em reportagem do Globo publicada em junho.
No documento, os advogados citam trechos da reportagem para argumentar que Marçal está cometendo abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação ao incentivar, por meio de promessas de ganhos financeiros, que perfis espalhem o seu conteúdo nas redes.
"A criação de um batalhão ou exército de influenciadores repetidores de conteúdo, remunerados pelo candidato ou suas empresas e reunidos pelo uso de um sistema informatizado ou um aplicativo amplifica artificialmente o alcance de Pablo Marçal, driblando a funcionalidade do algoritmo das redes sociais (que se aplicam aos adversários, mas não a Marçal) para lhe colocar em posição artificial de vantagem, o que não se pode admitir”, escrevem os advogados.
O partido pede que o Ministério Público localize os donos dos perfis que propagam o conteúdo do ex-coach, que se faça um levantamento do número de replicantes de conteúdos, o número de cortes e o conteúdo dos vídeos, e que Marçal seja intimado a informar o quanto já pagou para esses perfis, além da origem do dinheiro, e que ele seja investigado.
Procurada, a pré-campanha de Marçal afirmou que irá comentar sobre a representação quando for notificada oficialmente.