Segundo um estudo da Eletros, Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, as vendas de eletroeletrônicos cresceram 15% em 2023, representando o primeiro resultado positivo do setor em três anos. O valor positivo foi puxado pela alta de 19% dos eletroportáteis, como cafeteiras, liquidificadores e sanduicheiras, e pelo crescimento de 17% nas vendas de ares-condicionados.
Segundo o presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento, o crescimento das vendas de ares-condicionados se deve às altas temperaturas do país e às inovações tecnológicas que contribuíram para a economia de energia e sustentabilidade dos equipamentos. Apesar disso, a porcentagem das vendas ficou abaixo da que houve em 2021, apresentando uma queda de até 60% em relação ao ar-condicionado de janela.
Produtos como fogões e máquinas de lavar tiveram alta de 6% nas vendas, enquanto refrigeradores tiveram uma queda de mais de 40% comparado com 10 anos atrás. Segundo Nascimento, isso ocorre por conta do momento de elitização do eletrodoméstico relacionado às políticas públicas adotadas para populações mais carentes que perderam poder aquisitivo nos últimos anos.
“É um setor que, quando fomentado, dá bem-estar e melhora a qualidade de vida da população, além de reaquecer a economia do país”, disse Nascimento, que acredita que os produtos da chamada “linha branca” são a “mola propulsora” da economia brasileira.
As televisões teve um crescimento de 7% nas vendas. “Como foram feitos muitos lançamentos de produtos novos, televisores com o processamento e uma tecnologia embarcada ainda melhor, o consumidor acabou buscando também a melhoria, a troca dos seus produtos ou adquirir produtos mais inovadores”, explicou o executivo.
Em 2020, os eletros foram bastante solicitados, uma vez que as pessoas estavam em casa, sob quarentena, e procuravam mais comodidade. Em 2022, o setor teve o pior período em 10 anos.