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Nesta sexta-feira (16), o serviço penitenciário russo anunciou a morte do principal opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny (47). Segundo foi divulgado, ele chegou a ser envenenado em 2020 e foi preso em 2021, por acusações que ele rejeitou, dizendo haver motivações políticas. Desde então, ele estava detido.
Navalny fez campanha contra o partido de Vladimir Putin e orquestrou o que é considerado um dos maiores protestos antigovernamentais vistos nos últimos anos. Os seus apoiadores afirmaram diversas vezes que sua prisão e encarceramento foram uma tentativa de suprimir as suas críticas ao presidente russo.
De acordo com a CNN Brasil, a morte de Navalany acontece antes das eleições presidenciais do país, no dia 17 de março. Putin irá concorrer ao seu quinto mandato e poderá ficar no poder até pelo menos 2030.
Nalvany foi condenado a 19 anos de prisão em agosto de 2023, sendo considerado culpado de criar uma comunidade extremista, financiar ativistas extremistas e vários outros crimes. Na ocasião, ele já estava cumprindo uma pena de 11 anos e meio, em uma penitenciária de segurança máxima, por fraude e outras acusações que negou.
Quatro meses depois da condenação, seus advogados disseram ter perdido o contato com ele. Nalvany não compareceu a várias audiências judiciais agendadas para dezembro. Sua equipe jurídica disse que ele estava desaparecido.
No dia 25 de dezembro, ele foi encontrado na colônia penal IK-3, em Kharp, conhecida como “Lobo Polar”.
“As condições lá são duras, com um regime especial na zona de permafrost. É muito difícil chegar lá e não existem sistemas de entrega de cartas”, disse o diretor da fundação anticorrupção de Navalny, Ivan Zhdanov.