Tripulação do voo inaugural — Foto: NASA/Robert Markowitz
Os tripulantes da nave Starliner da Boeing, que decolaram da Flórida em 5 de junho, tiveram o pouso adiado mais uma vez, anunciou a Nasa. A empresa afirmou que cápsula pode permanecer na Estação Espacial Internacional (ISS) por 45 dias ou mais, se necessário. À bordo, estão os astronautas veteranos Butch Wilmore e Suni Williams, ambos ex-pilotos de teste da Marinha dos Estados Unidos. Esta é a primeira missão tripulada da Starliner à ISS.
A estreia tripulada precisará de mais testes e tempo para examinar os problemas dos propulsores e os vazamentos de hélio que já causaram três atrasos. Inicialmente, a missão deveria durar oito dias, mas foi estendida por tempo indeterminado.
Barry E. Wilmore, Butch, já acumulou 178 dias no espaço. A este número, somam-se as 8 mil horas de voo e 663 pousos em porta-aviões. Participou também de missões no Iraque e na Bósnia. Em 2000, foi selecionado para a Nasa, onde já recebeu mais de 20 prêmios e condecorações. Ele nasceu no estado do Tennessee e é casado com Deanna Newport, com quem tem duas filhas: Daryn e Logan.
Sunita L. Williams, conhecida como Suni, tornou-se astronauta da Nasa em 1998 e já passou, ao todo, um total de 322 dias no espaço ao longo de duas missões — uma em 2006 e outra em 2012. Ela acumula o segundo maior tempo de caminhada espacial para uma astronauta mulher. Já recebeu prêmios como a Medalha de Serviço Superior de Defesa duas vezes e a Legião do Mérito. É casada e mora em Massachusetts, nos EUA.
Entenda o atraso
A nave decolou da Flórida em um foguete Atlas V da United Launch Alliance em 5 de junho, após anos de atrasos e problemas de segurança, além de duas tentativas de lançamento abortadas com os astronautas já prontos.
Cinco dos 28 propulsores da cápsula falharam durante a acoplagem, à medida que a cápsula se aproximava da estação espacial. Todos, menos um propulsor, foram reiniciados e funcionaram durante um teste de disparo posterior, afirmou a Nasa. O único propulsor que ainda apresenta problemas foi desligado e não é vital para a viagem de volta, disse a Boeing.
A nave também apresentou pequenos vazamentos de hélio, gás inerte usado para pressurizar bombas dos propulsores. Segundo a Nasa e a Boeing, há um suprimento amplo de hélio, os vazamentos estão estáveis e não são uma preocupação.