Rússia intensifica execução de prisioneiros de guerra, e casos são investigados na Ucrânia, diz jornal

Por: Rádio Sampaio com O Globo
 / Publicado em 23/12/2024

Militares ucranianos próximos a base em Donetsk — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP

O atirador ucraniano Oleksandr Matsievsky foi capturado por russos no primeiro ano da guerra, iniciada em fevereiro de 2022. Posteriormente, surgiu um vídeo em que ele aparece fumando seu último cigarro em uma floresta, aparentemente ao lado de uma cova que ele foi forçado a cavar. Na gravação, é possível ver o momento em que ele diz “glória à  Ucrânia aos seus captores. Momentos depois, ouvem-se tiros, e ele cai morto.

Sua execução não foi a única. Em outubro deste ano, nove soldados ucranianos capturados foram supostamente mortos a tiros por forças russas na região de Kursk, de acordo com a rede britânica BBC. Promotores ucranianos estão investigando o caso, incluindo uma foto que mostra corpos seminus no chão. Essa foto foi suficiente para que uma das vítimas fosse identificada por seus pais.

Autoridades da Ucrânia estão investigando relatos de decapitações e o uso de uma espada para matar um soldado ucraniano que teve as mãos amarradas nas costas. Em outro caso, um vídeo mostrou 16 soldados ucranianos aparentemente alinhados e, em seguida, fuzilados com disparos automáticos após emergirem de uma floresta para se render. Algumas das execuções foram filmadas pelas próprias forças russas, enquanto outras foram registradas por drones ucranianos.

Segundo a BBC, os assassinatos de que se tem registro geralmente ocorreram em florestas ou campos sem características distintivas, o que dificulta a confirmação do local exato. No entanto, a rede britânica conseguiu confirmar, em vários casos — inclusive uma decapitação — que as vítimas usavam uniformes ucranianos e que os vídeos eram recentes. Dos 147 prisioneiros de guerra ucranianos executados pelas forças russas desde o início da guerra, segundo Kiev, 127 foram mortos neste ano.

O direito humanitário internacional, em especial a Terceira Convenção de Genebra, oferece a proteção de civis e responsabilização dos Estados em épocas de conflito — e executá-los é considerado um crime de guerra. Apesar disso, Rachel Denber, da Human Rights Watch (HRW), sustenta que “não faltam evidências” para indicar que prisioneiros de guerra ucranianos estão sendo executados por tropas russas.

As forças ucranianas também foram acusadas de executar prisioneiros de guerra russos, mas o número de tais alegações é bem menor, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH).

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