A morte de Yahya Sinwar, número 1 do Hamas, foi anunciada pelas Forças Armadas de Israel na quinta-feira (17). Um dos principais alvos israelenses, Sinwar, que já ficou preso por 23 anos em Israel e governou dentro de Gaza, tinha assumido o comando do grupo terrorista havia pouco mais de dois meses, em substituição do então comandante, Ismail Hanyeh, assassinado no Irã.
Após a confirmação da morte, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou: "Hoje acertamos as contas.Mas nossa tarefa ainda não foi concluída. Às queridas famílias dos reféns, eu digo: este é um momento importante na guerra. Continuaremos com força total até que todos os seus entes queridos, nossos entes queridos, estejam em casa".
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, destacou: "Como líder do grupo terrorista Hamas, Sinwar foi responsável pelas mortes de milhares de israelenses, palestinos, americanos e cidadãos de mais de 30 países. (...) Hoje, no entanto, prova mais uma vez que nenhum terrorista em lugar nenhum do mundo pode escapar da justiça, não importa quanto tempo leve. Agora há a oportunidade para um 'dia seguinte' em Gaza sem o Hamas no poder, e para um acordo político que forneça um futuro melhor para israelenses e palestinos. Yahya Sinwar era um obstáculo intransponível para atingir todos esses objetivos. Esse obstáculo não existe mais. Mas ainda há muito trabalho pela frente".
Kamala Harris, candidata à presidência dos EUA, também se manisfetou afirmando: "Hoje, só posso esperar que as famílias das vítimas do Hamas sintam um pouco de alívio".
Emannuel Macron, presidente da França, disse que "Yahya Sinwar foi o principal responsável pelos ataques terroristas e atos bárbaros de 7 de outubro. Neste dia, penso com emoção nas vítimas, incluindo 48 dos nossos compatriotas, e nos seus entes queridos. A França exige a libertação de todos os reféns ainda detidos pelo Hamas".
Segundo o ex-oficial da inteligência de Israel, Michael Koubi, Yahya Sinwar era um homem "cruel" e com "olhos assassinos" . Há mais de 20 anos, Koubi interrogou o terrorista por 180 horas dentro de uma prisão israelense.