Os rebeldes entraram em Damasco e anunciaram a tomada do poder na Síria neste domingo (8), 10 dias após o início de uma ofensiva relâmpago. O ditador sírio, Bashar al-Assad, de 59 anos, deixou o país e instruiu o início de uma transição de poder pacífica, segundo a Rússia, sua aliada. O paradeiro dele é desconhecido.
Os rebeldes são liderados pelo HTS, grupo islâmico considerado terrorista pelos EUA. "O futuro é nosso", disse o líder da organização.
A família Assad comandava a Síria há mais de 50 anos e, há 13, enfrentava uma insurgência iniciada na Primavera Árabe, que levou a queda de ditadores em países como Egito, na Líbia e na Tunísia.
O governo brasileiro pediu uma solução pacífica e orientou seus cidadãos a deixar o país.
Segundo testemunhas, milhares de pessoas, a pé e em carros, reuniram-se na praça principal de Damasco, acenando e gritando "Liberdade" após o domínio da capital.
Em um pronunciamento ao vivo na TV local, os rebeldes comemoraram o que chamaram de "queda de Assad" e afirmaram estar libertando pessoas que foram injustamente presas durante o regime do ditador.
De acordo com o jornal "The New York Times", um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional afirmou que o presidente americano Joe Biden está "monitorando de perto os eventos extraordinários na Síria".
Mais cedo, antes da fuga de Assad, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que tomará posse em janeiro, disse que o país não deve se envolver no conflito.