Desde o sábado (10), a qualidade do ar da cidade de Manaus, no Amazonas, está classificada como "muito insalubre". Isso é fruto das queimadas que estão tomando conta do estado e levando uma nuvem gigante de fumaça até a capital.
Ao meio-dia, o site do projeto Aqicn, que traz o índice mundial de qualidade do ar, aponta que Manaus está com ar que varia entre pouco saudável e muito insalubre, a depender da região. A taxa vai de 0 a 500, e partir de 81 a qualidade do ar já é considerada "ruim." Manaus tinha taxas de 166 a 188.
A medição leva em conta poluentes atmosféricos por material particulado e inclui taxas de dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, ozônio e monóxido de carbono.
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), se posicionou através do X (antigo twitter) após cobranças de ações sobre a fumaça na cidade.
Ele afirmou que, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), não há focos de incêndio na capital amazonense.
"A prefeitura está realizando, desde o mês de junho, a campanha de sensibilização Manaus Sem Fumaça, que tem como intuito conscientizar as pessoas que ainda ateiam fogo em resíduos que estão nos seus quintais. A equipe da Semmas está diariamente nas ruas fazendo fiscalizações e checando denúncias de crimes ambientais", afirmou o prefeito.
Somente nos 10 primeiros deste mês, segundo o Inpe, o estado registra 2.845 focos de incêndios. O número é mais da metade de todos os focos registrados nos 31 dias de agosto do ano passado no Amazonas, que teve de 5.447 pontos de queimadas.
O cenário é agravado porque o estado enfrenta uma seca intensa desde o ano passado, que pode levar os rios este ano a terem níveis ainda menores que o recorde negativo de 2023.