Nesta terça-feira (13), a queda do avião que matou o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), durante campanha eleitoral para a presidência da República, completa dez anos. A aeronave caiu em Santos (SP) e até agora não há resolução para a causa do acidente.
O então candidato à presidência saiu do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para um compromisso no Guarujá (SP). No meio do trajeto, o jato particular modelo Cessna 560XL bimotor caiu próximo ao Canal 3, bairro nobre de Santos, sobre uma academia de ginástica. Além dele, estavam a bordo da aeronave a equipe de assessores de imprensa composta por Pedro Valadares, Carlos Augusto Percol, Marcelo Lira, Alexandre Severo, Marcos Martins e Geraldo da Cunha.
Ao todo, quatro hipóteses foram investigadas como possíveis causas do acidente: a colisão com um elemento externo; desorientação espacial dos tripulantes; falha do profundor (peça da cauda que faz os movimentos para cima ou para baixo) e falha do compensador do profundor.
No entanto, em 2019, o Ministério Público Federal (MPF) arquivou a investigação que apurava as causas do acidente. Anteriormente, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Federal também apresentaram relatórios sobre o caso, confirmando as hipóteses, mas sem concluir qual delas foi o motivo da queda da aeronave.
À época, foi afastado também, pelo MPF, a hipótese de responsabilização criminal. Entretanto, a família do político já afirmou reiteradas vezes que a morte de Eduardo Campos foi provocada por alguém. No ano passado, o irmão Antônio Campos entrou com um pedido de reabertura da investigação.