Mais de 1.500 presos escaparam nesta quarta-feira (25) de uma prisão de segurança máxima em Maputo, durante o terceiro dia de protestos que abala Moçambique desde a confirmação da vitória eleitoral do partido no poder, denunciada como fraudulenta pela oposição.
No total, “fugiram 1.534 reclusos” daquela prisão, situada a cerca de 15 km da capital, disse o chefe da Polícia Nacional, Bernardino Rafael. Durante a fuga “houve confrontos com agentes penitenciários”, com 33 mortos e 15 feridos entre os fugitivos.
Ao todo, ao menos 56 pessoas morreram nos distúrbios — segundo o jornal português Público —, incluindo dois policiais.
Na segunda-feira (23), o Conselho Constitucional de Moçambique ratificou a vitória do candidato da Frente de Libertação de Moçambique, Daniel Chapo, nas eleições ocorridas em 9 de outubro, com 65% dos votos. O Conselho atribuiu 24% dos votos para seu principal adversário, Venâncio Mondlane, que denuncia fraudes. A partir dessa confirmação, os problemas tiveram início.
A Frente de Libertação de Moçambique está no poder desde 1975, na independência da ex-colônia portuguesa na África.