Ao menos sete prisões foram atacadas por agressores | Reprodução/Redes sociais

Várias prisões francesas foram atacadas, em resposta à repressão do governo ao tráfico de drogas. A informação foi confirmada pelo Ministério de Justiça da França na manhã desta terça (15). Disparos de arma de fogo, ameaças a funcionários e veículos queimados fizeram parte dos ataques.

Na noite de ontem (segunda-feira/14), a entrada de uma prisão em Toulon, no sul do país, foi atingida por disparos de uma arma automática, de acordo com publicações da imprensa francesa e postagens compartilhadas nas redes sociais.

As prisões em Aix-En-Provence, Marselha, Valence e Nimes, no sul da França, e Villepinte e Nanterre, perto de Paris também foram alvos dos criminosos.

O ministro da Justiça da França, Gérald Darmanin, escreveu na rede social X (ex-Twitter) que as prisões enfrentaram "tentativas de intimidação". Ele deve visitar a prisão de Toulon na tarde de hoje.

"A República Francesa está enfrentando o problema do tráfico de drogas e está tomando medidas que irão desmantelar massivamente as redes criminosas", informou o ministro.

Segundo o portal de notícias Euro News, uma fonte próxima ao caso revelou à mídia da França que os ataques pareciam ser coordenados e "claramente ligados à estratégia antinarcobanditismo do ministro". Os agressores ainda são desconhecidos.

Em uma publicação na mesma rede social, o sindicato dos guardas prisionais franceses, FO Justice, compartilhou sua "mais profunda preocupação e raiva" após os ataques "extremamente graves" que aconteceram durante a noite. O órgão exigiu "uma resposta forte, imediata e inequívoca do estado".

Bruno Retailleau, ministro do Interior, solicitou às administrações locais que "reforcem imediatamente a proteção de agentes e instituições" após os ataques. "Aqueles que atacam as prisões e seus agentes merecem ser presos nessas prisões e monitorados por esses agentes", afirmou em publicação no X, dizendo que a resposta do Estado deve ser implacável.

Em fevereiro deste ano, o governo francês lançou uma campanha contra o narcotráfico que promete combater a crescente violência de organizações criminosas e as mortes ligadas ao crescente contrabando de cocaína no país. Em março, autoridades recolheram 10 toneladas da droga no porto de Dunquerque, maior apreensão registrada na França.