Claudiney Batista conquistou o tricampeonato do lançamento do disco F56 nas Paralimpíadas (classe para pessoas que competem em cadeira). Nesta segunda-feira, o mineiro de 45 anos quebrou o próprio recorde da competição para levar o ouro em Paris com a marca de 46,86m. O brasileiro tocou o sino dos campeões no Stade de France.
Porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de abertura, Beth Gomes faturou a prata no arremesso do peso F54. A paulista de 59 anos quebrou o recorde mundial da classe F53, mas, como competiu em uma categoria de menor comprometimento físico-motor que a sua, acabou na segunda posição. Ela compete ainda nesta segunda-feira no lançamento disco F53, prova em que defende o título paralímpico - o sportv 2 transmite a partir de 14h (de Brasília).
Claudiney fez uma boa série de lançamentos. Já na segunda tentativa superou os 45,59m do ouro e do recorde de Tóquio, alcançando 46,45m. No quinto lançamento, ele voltou a quebrar o recorde paralímpico, com 46,86m. O brasileiro é também o recordista mundial da prova, com 47,37m. Em Paris, o indiano Yogesh Kathuniya ficou com a prata (42,22m), e o grego Konstantinos Tzounis completou o pódio (41,32m).
"Eu estava muito focado. Treinei bastante na aclimatação em Troyes. Antes de ontem tive um leve desconforto na coluna, que me deixei apreensivo, mas busquei o recorde mundial, que é meu. Veio o paralímpico, que já é sensacional. É um mix de emoções. penso na família que tá torcendo e no Brasil todo. É para eles esse tri", disse o tricampeão paralímpico.
Em 2005, Claudiney sofreu um acidente de moto e lesionou a perna esquerda. O ferimento se agravou no hospital, e o mineiro foi submetido à amputação completa do membro. Atleta de halterofilismo antes do acidente, ele foi convidado a conhecer o atletismo no mesmo ano do acidente e se identificou com as provas de campo. Foi prata no lançamento do dardo F57/58 nos Jogos de Londres 2012 antes do tri do lançamento do disco - Rio 2016, Tóquio 2020 e agora Paris 2024. Ele também é tricampeão mundial do lançamento do disco F56 e tem mais duas pratas e dois bronzes em Mundiais.