ONU rejeita alegações de Israel sobre terroristas em hospitais de Gaza

Por: Rádio Sampaio com Metrópoles
 / Publicado em 31/12/2024

Osama Abdul Wahhab Abu Rabee/Anadolu via Getty Images

A ONU acusou o governo de Benjamin Netanyahu de não apresentar provas de que hospitais na Faixa de Gaza, atacados por forças de Israel, são usados como bases de grupos extremistas locais. A informação consta no relatório publicado, nesta terça-feira (31/12), pelo gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU (ACNUDH).

O documento afirma que Israel realizou ao menos 136 ataques em 39 instalações médicas no enclave palestino, causando a morte de profissionais de saúde, civis e provocando danos nas estruturas locais.

“Como se o bombardeio implacável e a terrível situação humanitária em Gaza não fossem suficientes, o único santuário onde os palestinos deveriam se sentir seguros de fato se tornou uma armadilha mortal. A proteção dos hospitais durante a guerra é primordial e deve ser respeitada por todos os lados, em todos os momentos”, disse Volker Türk, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.

Segundo o relatório, os constantes bombardeios contra instalações médicas, protegidas pelo direito internacional humanitário, levaram o sistema de saúde de Gaza “à beira do colapso total”.

Israel, por sua vez, justifica que os ataques contra hospital no enclave visam membros do Hamas e de outras organizações extremistas que operam na região. A narrativa israelense é contestada pela ONU, que acusa a administração Netanyahu de não apresentar provas suficientes sobre as acusações.

“Na maioria dos casos, Israel alega que os hospitais estavam sendo usados ​​indevidamente para fins militares por grupos armados palestinos, afirma o relatório. No entanto, informações insuficientes foram disponibilizadas até agora para comprovar essas alegações, que permaneceram vagas e amplas e, em alguns casos, parecem contraditas por informações publicamente disponíveis. Se essas alegações fossem verificadas, isso levantaria sérias preocupações de que grupos armados palestinos estivessem usando a presença de civis para se protegerem intencionalmente de ataques, o que equivaleria a um crime de guerra”, diz um trecho do relatório.

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