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Os Estados Unidos e a Rússia solicitaram uma reunião a portas fechadas com o Conselho de Segurança das Nações Unidas, por causa da escalada da violência na Síria. O pedido foi feito neste domingo (9), segundo disseram diplomatas à agência Reuters.
A situação teve início na Síria após o governo de Ahmed al-Shar’a - que assumiu o poder no país em janeiro de 2025, a partir de um movimento rebelde que derrubou o então ditador Bashar al-Assad - reprimir uma rebelião alauita, da qual o ex-presidente faz parte, nas províncias de Latakia e Tartous.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, foram mortos entre sábado (8) e domingo 745 civis, 125 membros das forças de segurança sírias e 148 combatentes ligados a Assad. As autoridades sírias não informaram números oficiais de óbitos.
Neste domingo, Shar’a afirmou, em discurso transmitido em rede nacional, que os responsáveis pelo “derramamento de sangue” serão responsabilizados e punidos. Além disso, ele anunciou que vai criar uma comissão independente para investigar crimes contra civis.
"Nós responsabilizaremos, com total determinação, qualquer um que esteja envolvido no derramamento de sangue de civis, que maltrate civis, que exceda a autoridade do estado ou explore o poder para ganho pessoal. Ninguém estará acima da lei", disse ele.
Shar’a acusou apoiadores de Bashar al-Assad de causar a onda de violência no país. "Hoje, enquanto estamos neste momento crítico, nos encontramos diante de um novo perigo - tentativas de remanescentes do antigo regime e seus apoiadores estrangeiros de incitar novos conflitos e arrastar nosso país para uma guerra civil, com o objetivo de dividi-lo e destruir sua unidade e estabilidade", declarou.