A onda de incêndios no interior do estado de São Paulo gerou, até o momento, um prejuízo de R$ 1 bilhão aos produtores rurais do estado, informou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP, no final da tarde desta segunda-feira (26).
Estima-se que 3.837 propriedades rurais foram atingidas em 144 municípios paulistas. Os dados são preliminares e foram levantados por 20 das 40 regionais da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).
Os principais setores do agro impactados foram:
A onda de incêndios no interior de São Paulo deixou 48 cidades da região em alerta máximo para queimadas. Duas pessoas morreram e mais de 800 tiveram que deixar suas casas desde que o fogo começou, na sexta-feira (23), segundo dados do governo estadual.
São Paulo já teve mais de 2.300 focos de incêndio em apenas três dias, de acordo com a Defesa Civil. Imagens de moradores de cidades afetadas mostram o céu coberto por uma camada de fumaça.
Foi o agosto com mais focos de incêndio da história do estado de São Paulo desde 1998.
Em entrevista à GloboNews, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que três pessoas foram presas nas cidades de São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira por provocar incêndios criminosos. "São pessoas que portavam gasolina e estavam realmente ateando fogo de forma criminosa", explicou.
O governo acredita, por ora, que não há uma ação orquestrada. A Polícia Civil e a Polícia Federal investigam.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26), Wolnei Wolff, secretário Nacional de Proteção e da Defesa Civil, afirmou que 99,9% dos focos de incêndio no interior do estado de São Paulo foram causados por ação humana.
Ainda segundo Wolff, a Polícia Federal informou que, até domingo (25), 32 processos foram abertos para investigar possíveis incêndios criminosos no Brasil, sendo que dois desses foram no estado de São Paulo.
O governo estadual informou ainda nesta quinta-feira (26) que disponibilizou R$ 110 milhões para os produtores rurais paulistas afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Destes, R$ 100 milhões são para a modalidade de seguro rural, voltada para a redução dos efeitos econômicos e financeiros do extremo climático; os outros R$ 10 milhões são para custeio emergencial, ou seja, para as despesas de manutenção e recuperação da produção.
Os recursos serão disponibilizados via Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista. O produtor deve buscar a Casa da Agricultura de seu município para ter acesso ao crédito.