A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na quinta-feira (29) que chegou a um acordo com Israel para pausas limitadas nos combates na Faixa de Gaza, para permitir a vacinação de centenas de milhares de crianças contra a poliomielite - a paralisia infantil.
Em 23 de agosto, o órgão da ONU confirmou o primeiro caso de pólio no território palestino em 25 anos.
Abdel-Rahman Abu El-Jedian, de 10 meses, ficou parcialmente paralisado por uma cepa mutante do vírus que pessoas vacinadas eliminam. O menino não foi vacinado porque nasceu pouco antes de 7 de outubro de 2023, quando começou o conflito entre Israel e o grupo Hamas.
Descritas como "pausas humanitárias" que durarão três dias em diferentes áreas do território devastado pela guerra, a campanha de vacinação começará no domingo (1°), no centro de Gaza, disse Rik Peeperkorn, representante da OMS nos territórios palestinos.
A OMS afirmou que os profissionais de saúde precisam vacinar pelo menos 90% das crianças em Gaza, cerca de 640 mil crianças com menos de 10 anos, para interromper a transmissão da poliomielite.
"Precisamos dessa pausa humanitária", disse ele. "E isso ficou muito claro. Temos um acordo sobre isso, então esperamos que todas as partes cumpram."