Durante o seu depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, afirmou que suas palavras foram manipuladas e negou ter dito que “o presidente tramou um golpe”. De acordo com ele, as discussões que ocorreram eram hipotéticas, dependendo da comprovação de uma fraude eleitoral. O depoimento de Cid se dá no âmbito de um acordo de colaboração.
Além de ter negado a trama do golpe, o militar retratou Bolsonaro com alguém frustrado com a derrota nas urnas e perseguido pelo Judiciário. Entretanto, essa versão do discurso entra em contradição com os registros obtidos pela PF, incluindo a mensagem onde Cid menciona a pressão sobre Bolsonaro por ações mais drásticas.
O tenente-coronel é um dos alvos da PF, que investiga uma suposta trama de golpe de Estado. Cid já teve documentos pessoais e mensagens analisados pelos agentes, que sugerem articulações para contestar o resultado das eleições de 2022.
Mauro Cid deve prestar um novo depoimento amanhã (11).