Foto: Ministério da Previdência Social
O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel (PDT), participou de reunião com representantes da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), entidade apontada pela CGU (Controladoria-Geral da União) como responsável pela maior parte dos R$ 6,5 bilhões desviados de aposentadorias e pensões no escândalo investigado pela Polícia Federal. O encontro ocorreu em 11 de julho de 2023, quando Wolney era secretário-executivo da pasta.
Wolney foi empossado nesta sexta-feira (2.mai.2025) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), substituindo Carlos Lupi (PDT), que caiu após vir à tona a Operação Sem Desconto, que revelou descontos indevidos aplicados por associações e sindicatos diretamente nos benefícios de aposentados do INSS.
A Contag é a organização mais presente em reuniões com o governo Lula: participou de 13 das 15 agendas realizadas com entidades suspeitas desde o início da gestão. Os encontros ocorreram nos ministérios da Previdência Social, do Desenvolvimento Social e no próprio INSS, órgãos diretamente ligados à concessão e manutenção de benefícios previdenciários e assistenciais.
Segundo levantamento do Poder360, foram ao menos 15 reuniões entre membros do governo e representantes das entidades investigadas — 8 em 2023, 5 em 2024 e 2 em 2025. Além de Wolney e Lupi, participaram desses encontros o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
As entidades sob investigação incluem associações como AAPB, Aapen, AAPPS Universo, ABCB/Amar Brasil, Ambec, Apdap Prev, CAAP, Conafer, Contag, Sindnapi e Unaspub.