O prêmio Nobel de Medicina foi concedido nesta segunda-feira (5) ao Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice "pela descoberta do vírus da hepatite C", causador da cirrose e do câncer no fígado.
"Antes do trabalho deles, a descoberta dos vírus da hepatite A e B tinha sido um essencial passo a frente", disse em um comunicado a Assembleia Nobel no Instituto Karolinska, na Suécia.
"A descoberta do vírus da hepatite C revelou a causa dos demais casos de hepatite crônica e tornou possíveis os testes de sangue e novos medicamentos que têm salvado milhões de vidas", afirmou o instituto.
"Pela primeira vez na história, a doença agora pode ser curada, dando esperança de erradicar o vírus da hepatite C na população mundial."
Os estudos metódicos sobre hepatite associada a transfusões de sangue, realizados pelo norte-americano Harvey J. Alter, demonstraram que um vírus desconhecido era uma causa comum de hepatite crônica.
O britânico Michael Houghton utilizou a estratégia – que ainda não havia sido testada – de isolar o genoma do novo vírus, que ganhou o nome de vírus da hepatite C.
O também norte-americano Charles M. Rice forneceu a evidência final para a pesquisa, mostrando que o vírus da hepatite C, sozinho, poderia causar hepatite.
O prêmio concedido ao grupo vencedor é de cerca de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1,1 milhão de dólares), e uma das mais cobiçadas homenagens globais.