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Apesar da pressão de países aliados e do impacto negativo nos mercados financeiros, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na segunda-feira (7) que não pretende suspender nem rever o pacote de tarifas comerciais imposto no último dia 2 de abril.
Ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante coletiva na Casa Branca, Trump foi direto: não há planos de recuo. Segundo o republicano, ele continuará buscando acordos comerciais considerados “justos e bons”, mesmo que isso envolva manter algumas tarifas de forma permanente.
Desde o anúncio das tarifas, que atingem importações de mais de 100 países, os efeitos começaram a ser sentidos globalmente. Bolsas de Valores na Ásia, Europa e Estados Unidos registraram perdas expressivas, e cresce o temor de que o confronto comercial leve o mundo a uma nova recessão.
Escalada entre EUA e China
A disputa comercial ganhou novos contornos após a resposta da China às tarifas impostas por Donald Trump. Na sexta-feira (4/4), o governo chinês anunciou uma tarifa de 34% sobre todas as importações dos Estados Unidos, como medida de retaliação. A nova taxa entra em vigor em 10 de abril e soma-se a outras sanções implementadas por Pequim.
Como resposta, Trump ameaçou novas tarifas. Em publicação na rede social Truth Social, o presidente disse que poderá impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses, caso Pequim não recue da medida anunciada. Se confirmada, a carga total de tarifas americanas sobre produtos da China poderá chegar a 84%, considerando as sobretaxas já aplicadas.
Investidores temem que a continuidade do confronto leve a uma retração econômica global, além de afetar cadeias de produção e encarecer bens de consumo em diversos países.