Erin Patterson é acusada de matar 3 pessoas com cogumelos envenenados | Reprodução/10 News First

A Austrália deu início, nesta quarta-feira (30), ao julgamento de Erin Patterson, acusada de matar três pessoas em 2023. Segundo a promotoria, ela teria preparado e servido uma refeição com cogumelos venenosos para os próprios sogros, Gail e Donald Patterson, e para a irmã de Gail, Heather Wilkinson. O marido de Heather também estava no almoço, mas sobreviveu.

Erin, de 50 anos, enfrenta três acusações de assassinato e uma de tentativa de homicídio. Ela se declarou inocente, dizendo que as mortes foram acidentais.

Ao todo, 15 jurados foram selecionados para acompanhar o caso no Tribunal de Magistrados de Latrobe Valley, na cidade de Morwell. Nesta manhã, o grupo ouviu a promotoria, que reforçou as acusações dizendo que o obituário médico apontou para sintomas indicativos de síndrome de toxina grave causada pela ingestão de “cogumelos da morte”, como vômito e dor abdominal.

A defesa afirmou que Erin também foi ao hospital, pois estava sofrendo de diarreia. A promotoria confirmou o atendimento na unidade de saúde, mas disse que os registros médicos mostram que a acusada foi diagnosticada com uma doença gastrointestinal leve e que recusou tratamento. Antes de deixar a unidade, ela assinou um "formulário de alta contra aconselhamento médico".

Quando questionada sobre o almoço, Erin disse que planejou o encontro um mês antes para anunciar que estava com câncer e pedir conselho sobre como contar aos filhos. O marido de Erin, Simon, também havia sido convidado para a refeição, mas ligou cancelando a presença horas antes. O casal estava separado desde 2015, mas não havia oficializado legalmente.

“É o caso da promotoria que a acusada envenenou deliberadamente, com intenção assassina, Gail Patterson, Don Patterson, Heather Wilkinson e Ian Wilkinson depois de convidá-los para almoçar sob o pretexto ela foi diagnosticada com câncer”, disse a promotoria.