O ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, alertou, na quarta-feira (27), que a taxação de 25% proposta pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os produtos nacionais pode ter sérios impactos econômicos. Além de desacelerar a economia do país, a tarifa resultaria na perda de 400 mil empregos nos Estados Unidos.
"É um tiro no pé. O impacto nas empresas é enorme", disse Ebrard. Segundo ele, montadoras como Ford, General Motors e Stellantis estão entre os principais negócios que seriam afetados pela taxação, já que o México é o principal parceiro comercial dos Estados Unidos. A falta de peças, consequentemente, aumentaria os preços dos veículos.
Em meio ao cenário, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, pediu diálogo e cooperação sobre o assunto. Ela defendeu, no entanto, que o país adotará medidas de retaliação caso Trump aplique a taxa sobre os produtos assim como prometido. “Se houver tarifas dos EUA, o México também aumentará as tarifas”, disse.
Além do México, Trump prometeu taxar em 25% os produtos procedentes do Canadá. A intenção do republicano é assinar a medida no primeiro dia de governo, em janeiro de 2025, deixando a tarifa em vigor até que os países tomem medidas contra o tráfico de drogas. Ele ainda anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses.