Hospitais e clínicas em toda a Índia iniciaram uma paralisação de 24 horas neste sábado (17) em protesto contra o estupro e assassinato de uma médica no Hospital Universitário RG Kar, na cidade de Calcutá, no leste do país. Segundo a Reuters, mais de um milhão de profissionais da saúde devem se unir ao movimento.
A greve interrompeu o acesso a procedimentos médicos eletivos e consultas ambulatoriais, de acordo com comunicado da Associação Médica Indiana (IMA). Os atendimentos emergenciais continuam normalmente.
"As mulheres formam a maioria da nossa profissão neste país. Pedimos segurança para elas," disse o presidente da IMA, R. V. Asokan, à Reuters na sexta-feira (16).
Uma médica residente de 31 anos foi estuprada e morta na semana passada dentro da faculdade de medicina em Calcutá, onde trabalhava. Investigadores convocaram vários estudantes de medicina da universidade para apurar as circunstâncias do crime. Segundo a Reuters, um suspeito está sob custódia.
A violência sexual está sob os holofotes indianos desde o brutal estupro coletivo e assassinato de uma estudante de 23 anos em um ônibus em Nova Délhi, em 2012. O ataque deu início a uma onda de protestos e inspirou leis mais severas para crimes de abuso.
Apesar disso, ativistas de direitos humanos dizem que o governo ainda não está fazendo o suficiente para proteger as mulheres e punir os agressores.