Mahmoud Khalil fala durante uma coletiva de imprensa sobre estudantes que foram presos e suspensos por protestar na Universidade de Columbia, em abril do ano passado — Foto: Bing Guan/The New York Times
Um estudante sírio-palestino que liderou manifestações contra a guerra na Faixa de Gaza e anti-Israel, na Universidade Columbia, em Nova York, foi detido no sábado por funcionários da Agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE, na sigla em inglês).
Embora tivesse visto de residência permanente nos Estados Unidos, o "green card", Mahmoud Khalil foi informado que teve esse direito cassado, no que parece ser o começo da prometida ofensiva do governo de Donald Trump contra o movimento, acusado de ter viés antissemita.
Ainda na segunda-feira (10), Trump disse que a prisão do ativista é “a primeira de muitas que virão”. Centenas de manifestantes foram às ruas contra a detenção de Khalil, cuja deportação foi bloqueada por um juiz federal enquanto o caso é analisado.
“Sabemos que há mais estudantes em Columbia e em outras universidades do país envolvidos em atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas, e o governo Trump não tolerará isso”, escreveu o republicano.
Centenas de pessoas foram às ruas de Nova York nesta segunda-feira exigir a libertação de Khalil. Mais tarde, o juiz federal Jesse Furman bloqueou a ordem de remoção do ativista, alegando que dele deve permanecer nos EUA enquanto o tribunal avalia a ação que contesta sua prisão e pedido de deportação. Uma audiência foi marcada para quarta-feira na corte federal da cidade.