Mais de 3 mil brasileiros já informaram ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil que querem deixar o Líbano, país invadido e sob ataques de mísseis de Israel, que caça integrantes do Hezbollah.
Além deles, nove servidores do Itamaraty que atuam no Líbano solicitam ao governo Lula (PT) que seus familiares sejam retirados do país, em meio à escalada dos ataques de Israel. Os servidores geralmente permanecem por mais tempo no país em conflito, para ajudar na logística, e só retornam ao Brasil em um momento posterior. Há ainda 11 contratados locais atuando na embaixada do Brasil em Beirute.
Nesta última segunda-feira (30), o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) expressou preocupação e falou em “crescente temor entre a comunidade brasileira no país”. Dentre os mais de mil mortos nos bombardeios, iniciados em 23 de setembro, cinco vítimas são brasileiras.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou o resgate nesta segunda. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a operação do governo federal para repatriar brasileiros que estão no Líbano deve trazer entre 230 e 240 pessoas até o fim da semana.
Os detalhes da operação, coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa, serão divulgados nos próximos dias. Vieira conversou com jornalistas durante visita ao México e falou que a prioridade será para idosos, mulheres, crianças e enfermos.
“[Os interessados] têm que manifestar um desejo definitivo de vir. Evidentemente, vai se dar prioridade às pessoas de idade, às mulheres, às senhoras, às mulheres grávidas, às crianças, aos que estejam doentes, aos que precisarem mais”, explicou o ministro.