O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca, no fim da tarde deste domingo (20), para Kazan, na Rússia, onde participará da primeira cúpula do Brics após a expansão decidida em agosto de 2023. Vladimir Putin será o anfitrião da cerimônia.
O encontro acontece de 22 a 24 de outubro e discutirá a criação de uma nova categoria de "países parceiros" no bloco, já que será a primeira vez que os líderes do bloco se reúnem após a ampliação proposta em Joanesburgo. Estarão presentes, além dos representantes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, os cinco novos países que integram o bloco desde 2024: Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes.
Lula deve cumprir, ainda, agendas bilaterais com alguns países convidados para a cúpula. Ao final, ele fará uma declaração sobre multilateralismo, em que deve defender uma reformulação do Conselho de Segurança da ONU.
O órgão das Nações Unidas, responsável pela manutenção da paz e segurança internacional, tem sido criticado por Lula, que defende uma expansão desde seu primeiro mandato.
Em 2025, o Brasil assumirá a presidência do Brics. O secretário do Itamaraty, Eduardo Saboia, afirma que o Brasil não indicará países para a nova categoria, porém garante que irá definir critérios de adesão, como, a manutenção de relações diplomáticas com os membros do bloco e uma postura proativa em relação à reforma do Conselho de Segurança da ONU.