Israel expandiu as ordens de evacuação em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, neste domingo (11), forçando dezenas de milhares de residentes palestinos e famílias deslocadas a partir no escuro, enquanto as explosões dos bombardeios de tanques reverberavam ao seu redor.
Os militares israelenses disseram estar atacando militantes do grupo Hamas – que administrava Gaza antes da guerra – que usavam essas áreas para realizar ataques e disparar foguetes.
No sábado (10), um ataque aéreo israelense a uma escola onde palestinos deslocados estavam abrigados na Cidade de Gaza- matou pelo menos 90 pessoas, segundo o serviço de defesa civil, provocando protestos internacionais.
Os militares israelenses disseram ter atacado um posto de comando de militantes do Hamas e da Jihad Islâmica, uma alegação que os dois grupos rejeitaram como pretexto, e mataram 19 militantes.
A maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados das suas casas, segundo as Nações Unidas, enquanto a sua estreita faixa de terra foi em grande parte reduzida a um deserto de escombros.
Autoridades palestinas e das Nações Unidas dizem que não há áreas seguras no enclave.
As áreas designadas como zonas humanitárias, como Al-Mawasi, no oeste de Khan Younis, para onde os residentes estavam a ser enviados, foram bombardeadas várias vezes pelas forças israelitas.
Dezenas de milhares de pessoas deixaram as suas casas e abrigos a meio da noite, rumando para oeste em direção a Mawasi e para norte em direção a Deir Al-Balah, já sobrelotada com centenas de milhares de pessoas deslocadas.