O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerã, no Irã, informou o grupo palestino em um comunicado nesta quarta-feira (31).
A Guarda Revolucionária do Irã também confirmou, em um comunicado, que o principal líder do Hamas e um de seus guarda-costas foram assassinados na manhã desta terça em Teerã e que está investigando o caso.
"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados," disse um comunicado da Guarda Revolucionária.
Segundo a TV estatal iraniana, ele foi morto às 2h de quarta, horário de Teerã (20h de terça em Brasília), enquanto estava numa residência de veteranos de guerra no norte da capital iraniana.
Os comunicados não dão detalhes sobre como o líder do Hamas foi morto e ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo assassinato.
Em comunicado, o Hamas afirma que Haniyeh foi morto num "ataque aéreo traiçoeiro à sua residência em Teerã". Ele estava no Irã para participar da cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian.
"É um ato covarde que não ficará impune", disse a TV Al-Aqsa, controlada pelo Hamas, citando Moussa Abu Marzouk, alto funcionário do grupo.
Segundo canal de TV Al Mayadin, sediado em Beirute, capital do Líbano, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse que "é dever do Irã vingar o sangue de Haniyeh porque ele foi martirizado em nosso solo".
Apesar de o Hamas culpar Israel pela morte de Haniyeh, o país não se manifestou oficialmente sobre o caso.