A Polícia Civil (PC) de Goiás revelou que a influenciadora digital Aline Ferreira (33), que faleceu na última terça-feira (2), pagou R$ 3 mil pelo procedimento estético nos glúteos que acabou levando à sua morte. A mulher passou por uma aplicação de polimetilmetacrilato, conhecido como PMMA, no dia 23 de junho.
Depois do procedimento, realizado na clínica “Ame-se”, em Goiânia (GO), Aline voltou para o Distrito Federal, onde morava. Dias depois, a mulher começou a passar mal e precisou ser internada. Ela estava em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 29.
Segundo a delegada Débora Melo, responsável pelo caso, a dona da clínica, Grazielly da Silva Barbosa não esclareceu a vítima sobre os riscos reais da bioplastia de glúteos. A proprietária do estabelecimento foi presa e a clínica foi fechada por falta de alvará e da apresentação de profissional responsável com habilitação necessária, visto que Grazielly se apresentava como biomédica, mas não tinha formação na área.
“Quando fazemos fiscalizações em clínicas, é comum que nós apreendamos prontuários de pacientes. Lá [na clínica Ame-se] não tinha prontuário de paciente nenhum. Ou seja, a pessoa simplesmente chegava, pagava, fazia o procedimento e ia embora. Não tinha prontuário de anamnese do paciente para saber se o paciente tinha alguma condição clínica prévia que pudesse gerar algum problema depois do procedimento. Não eram requisitados exames prévios na realização do procedimento”, contou a delegada Melo.
Aline era casada desde 2021 e tinha dois filhos.