Importação de café brasileiro dispara na China e preço sobe no Brasil

Por: Rádio Sampaio com SBT News
 / Publicado em 12/03/2025

Muitos jovens chineses estão trocando o chá pelo café, dizem especialistas | Freepik

O café é uma paixão nacional. Seja pela manhã, depois do almoço ou no fim da tarde, a bebida está sempre presente no dia a dia dos brasileiros. Mas, nos últimos anos, esse hábito tem conquistado também os chineses.

Famosos pelo consumo de chá, os chineses aumentaram significativamente a importação do grão brasileiro. Nos últimos sete anos, o volume exportado mais que dobrou, crescendo em média 11% ao ano desde 2018.

Mudança de hábito

Segundo Eduardo Heron, diretor-técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), esse aumento está ligado a uma mudança de comportamento dos chineses.

"Muitos estudantes que voltam para a China depois de temporadas no exterior levam consigo o hábito de tomar café. Além disso, o número de cafeterias no país cresceu consideravelmente nos últimos anos."

Em 2018, o Brasil exportou 180 milhões de toneladas de café para a China. No último ciclo, esse volume saltou para 378 milhões de toneladas.

Outro fator que impulsionou as exportações brasileiras foi a queda na produção em países do Sudeste Asiático, como o Vietnã, devido a problemas climáticos na última safra.

Impacto no preço do café no Brasil

Com a alta procura, o café ficou mais caro para os brasileiros. Em apenas um ano, o quilo do grão quase dobrou de preço, passando de R$ 29,62 em janeiro de 2024 para R$ 56,07 em janeiro de 2025. Somente no último mês, a alta foi de 12,5%, segundo o IGP-DI.

Ary Monteiro Dias Neto, proprietário de uma padaria na zona norte de São Paulo, sente no caixa o impacto dos reajustes, mas tenta minimizar os repasses aos clientes. "Fazemos ajustes anuais e evitamos aumentar o preço com frequência para não assustar os consumidores", afirma.

Expectativas para o mercado

A previsão dos especialistas é que os preços só voltem a cair se houver uma safra mais regular nos principais países produtores. No entanto, Heron ressalta que os produtores ainda precisam garantir margens de lucro, o que dificulta uma redução expressiva no curto prazo.

 

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