O porta-voz das Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, Abu Obaida, informou que os guardas receberam novas instruções sobre como lidar com os reféns capturados no dia 7 de outubro de 2023. Sem fornecer detalhes, ele disse que Israel seria o responsável pela morte dos prisioneiros caso o exército se aproxime dos esconderijos do grupo.
“Novas instruções foram emitidas para os Mujahideen encarregados de guardar os prisioneiros. Essas instruções descrevem como lidar com a situação se o exército de ocupação se aproximar do local onde os prisioneiros estão sendo mantidos. Eles têm total responsabilidade pelas mortes dos prisioneiros”, disse Abu Obaida.
O alerta aconteceu um dias após o exército israelense recuperar os corpos de seis reféns em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Segundo autópsia realizada pelo Ministério da Saúde, todos morreram depois de terem sido baleados a uma curta distância.
A descoberta gerou revolta entre os israelenses, que foram às ruas para pressionar o governo a concluir um acordo de cessar-fogo que garanta a libertação dos reféns. O recado chegou ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que, apesar de lamentar as mortes, não demonstrou intenção de ir contra sua estratégia de "vitória total" sobre o Hamas.