O presidente Lula e alguns integrantes de sua comitiva que foram ao funeral do Papa Francisco, em Roma - Foto: Reprodução/Redes Sociais
A viagem da comitiva brasileira ao Vaticano, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o funeral do Papa Francisco, ganhou novos contornos com a revelação de que três nomes foram omitidos da lista oficial divulgada pelo governo. Um dos nomes não listados é o de Antonia Pellegrino, escritora e namorada do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
Segundo apuração da Revista Oeste, Antonia embarcou no avião presidencial junto com a delegação brasileira, mas sua presença não constava no comunicado oficial da Presidência. Outros dois nomes também não foram revelados, o que levanta questionamentos sobre a transparência na composição da comitiva e o uso de recursos públicos.
A ausência de Antonia na lista é particularmente sensível, uma vez que Barroso preside atualmente o STF, órgão que, por sua natureza, deve manter uma relação de independência institucional frente ao Executivo. A presença de sua companheira em uma missão oficial, custeada com verba pública, sem a devida publicidade, levanta críticas sobre favorecimento e a mistura entre esferas públicas e privadas.
Até o momento, o Palácio do Planalto não se pronunciou oficialmente sobre o caso nem justificou as omissões. A polêmica reforça o debate sobre critérios e transparência na formação de comitivas presidenciais, sobretudo em viagens internacionais de caráter institucional e simbólico.