Cortejo da italiana Giulia Cecchettin, vítima de feminicídio | Reprodução/ANSA
O governo italiano aprovou um projeto de lei que, pela primeira vez, incluí o feminicídio no direito penal do país. A pena para quem cometer o crime é de prisão perpétua.
A medida foi anunciada na sexta-feira (7), na véspera do Dia Internacional da Mulher. A lei busca combater assassinatos e violências contra as mulheres na Itália. A proposta ainda precisa passar pelo parlamento e ser aprovada em ambas as câmeras para ser implementada.
Dados do Ministério do Interior da Itália apontam 113 feminicídios no ano passado. Desses, 99 foram cometidos por parentes, parceiros ou ex-companheiros.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, a morte de Giulia Cecchetin a facadas, estudante universitária de 22 anos, foi um dos principais casos que gerou revolta na população italiana nos últimos meses. A jovem foi morta em novembro do ano passado e o ex-namorado, autor do crime, foi condenado à prisão perpétua.