A Polícia Civil do Rio de Janeiro tem elementos para acreditar que a quadrilha de fraudava máquinas de bichinhos de pelúcia tem relação com o jogo do bicho ou com a milícia. Uma operação para cumprir mandados foi feita nesta quarta (28), e três funcionários de empresas alvos foram levados para a delegacia para prestarem depoimento.
Na 2ª fase da Operação Mãos Leves, o delegado Pedro Brasil afirma que o material encontrado na ação dá indícios de envolvimento de organizações criminosas. Em um galpão em Inhaúma, na Zona Norte do Rio, agentes encontraram máquinas estavam destinados a shoppings de Sulacap, Bangu, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Ilha do Governador.
Segundo a polícia, o galpão funciona como sede da Black Entertainment. No local havia dezenas de máquinas e centenas de brinquedos que peritos identificaram serem pirateados.
A delegacia especializada descobriu que o grupo instala em cada equipamento um contador de jogadas que interfere na corrente elétrica que alimenta a grua para fisgar as pelúcias — que o cliente acredita controlar.
Segundo as investigações, somente após um determinado número de créditos o grampo libera a potência necessária para a garra pegar um brinquedo.
Na maioria das tentativas, portanto, a pessoa vai perder dinheiro, porque a máquina não terá a força suficiente para capturar um bichinho — fora a dificuldade natural de acertar a jogada.
No galpão da Black, a polícia encontrou baias identificadas com nomes de shoppings, como o Via Parque e o West. As máquinas adulteradas eram colocadas nessas divisórias e encaminhadas para esses endereços.
Segundo o delegado Pedro Brasil, todos os aparelhos encontrados na Black estavam com o contador de jogadas.