A foto de uma bola de futebol coberta por cracas (veja acima) foi a vencedora da edição de 2024 do British Wildlife Photography Awards (Prêmio Britânico de Fotografia de Vida Selva, em tradução livre). O registro foi feito por Ryan Stalker, que também venceu na categoria Costa e Marinha. A imagem foi escolhida entre mais de 14 mil registros enviados por fotógrafos amadores e profissionais.
"Acima da água é apenas uma bola de futebol. Mas abaixo da linha d'água há uma colônia de criaturas. A bola de futebol foi encontrada em Dorset (litoral da Inglaterra), depois de fazer uma grande viagem oceânica pelo Atlântico", disse Stalker.
Houve diversas categorias no concurso. O prêmio de jovem fotógrafo foi para Max Wood, que fotografou um galeirão atravessando um lago enevoado ao nascer do Sol. Veja a seguir.
A categoria “Retratos de Animais” foi vencida por Mark Williams, que registrou um estorninho-malhado. “Meu objetivo era capturar a sensação de movimento e padrões de voo nas imagens, preservando, ao mesmo tempo, os detalhes dos pássaros”, disse o fotógrafo. “O momento foi crucial, e tive de equilibrar cuidadosamente o flash com a luz ambiente para registrar o rastro do estorninho no início da exposição, enquanto uma breve explosão de flash paralisaria a ave em pleno voo”, explicou.
Jason McCombe foi o vencedor da categoria “Grã-Bretanha Botânica” ao fotografar um bolor limoso. “Eles não são plantas, nem fungos”, afirmou McCombe. “Esta imagem foi feita usando 160 imagens, cada uma focada em uma área diferente da cena, e depois sobrepostas para criar uma imagem altamente detalhada”.
A foto de uma raposa-vermelha caminhando em um galho de árvore foi a vencedora da categoria “Habitat”. O registro foi feito no parque florestal Sherwood Pines, na Inglaterra, e foi feito pelo fotógrafo Daniel Valverde Fernandez.
“A raposa fica perfeitamente enquadrada entre os galhos, e sua silhueta é sutilmente destacada pelos raios de Sol que incidem sobre ela”, pontuou.
A categoria “Grã-Bretanha Escondida” foi vencida por Ross Hoddinott, que fotografou borboletas em uma fazenda em Devon. “As (borboletas) azuis são insetos bastante sociais, e muitas vezes podem ser encontradas amontoadas bem próximas umas das outras — ou até mesmo na mesma grama ou flor. Encontrei uma dúzia mais ou menos, todas descansando juntas em uma noite no verão passado”, relatou Hoddinott.
O registro de faias, em East Lothian, na Escócia, foi o vencedor da categoria “Bosques Selvagens”. O fotógrafo foi Graham Niven. “Além da visão maravilhosa que você tem, também é uma ótima desculpa para deitar na floresta”.
Robin Dodd foi o vencedor da categoria “Preto e Branco” com a foto de um corvo voando sobre a ilha de Arran, na Escócia. “Esta é uma foto tirada do topo do Goatfell, na Ilha de Arran, que é a montanha mais alta da ilha”, disse Dodd. “Ficamos sentados por algum tempo, observando esses pássaros pairando sobre Arran tão graciosamente quanto uma ave de rapina”.
A categoria “Comportamento Animal” foi vencida por Ian Mason, com a foto de três sapos. “Nesta [foto], há uma competição para acasalar com uma fêmea. Durante grande parte do tempo, há um frenesi de atividade, mas às vezes eles param tempo suficiente para tirar uma foto. A imagem foi tirada com a lente no nível da água”, contou.
Simon Withyman fotografou uma raposa em Bristol, na Inglaterra, e levou o prêmio de “Vida Selvagem Urbana”. Segundo ele, o animal tinha fixado residência em uma subestação de eletricidade depois de ter sido expulso do território dos pais.
“Ela costumava caminhar ao longo desta parede, e consegui capturar esta foto por meio das aberturas na cerca de metal, enquanto aproveitava ao máximo alguns reflexos impressionantes na lente”, disse.
A categoria de 12 a 14 anos foi vencida por Felix Walker-Nix, com a foto de uma corça. “Caminhando pela floresta, avistei esta corça pastando na folhagem”, contou Walker-Nix. “Lentamente, fui até ela, tomando cuidado para não assustá-la. Para minha alegria, quando ela se virou, vi um filhotinho olhando para mim”.
Jamie Smart foi o vencedor da categoria até 11 anos. Ele registrou um faisão, em Gales. “Acordamos bem cedo em uma manhã fria (-5°C) e nublada de primavera, em uma tentativa de encontrar lebres lutando boxe no pântano”, disse Smart. “No caminho, avistei um faisão parado no portão de uma fazenda ao nascer do Sol. Fiz meu pai parar o carro e dar ré devagar, abri silenciosamente a janela e consegui tirar esta foto do faisão em toda sua beleza, com a flor do abrunheiro atrás dele, e os raios de Sol iluminando suas penas acobreadas do peito”.