FDA - Foto: Andrew Harnik/AP
Mudanças recentes anunciadas pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, sobre as bulas de vacinas contra a Covid-19 reacenderam a circulação de desinformação nas redes sociais. Apesar de serem atualizações técnicas e esperadas, os anúncios foram distorcidos em postagens que sugerem falsamente novos riscos ou efeitos colaterais graves não reconhecidos anteriormente.
As atualizações feitas pela FDA não indicam que foram descobertos novos perigos associados aos imunizantes. Pelo contrário: segundo especialistas, tratam-se de revisões baseadas em dados já conhecidos, com o objetivo de tornar as informações mais precisas e completas para o público e os profissionais de saúde. A medida segue o protocolo de transparência e vigilância constante adotado pela agência desde o início da vacinação.
Entre os alvos principais das fake news estão as vacinas aplicadas em gestantes. Postagens alarmistas afirmam, sem embasamento, que as vacinas causariam riscos à fertilidade ou ao desenvolvimento fetal. No entanto, autoridades médicas reforçam que não houve alteração nas recomendações: grávidas devem continuar se vacinando.
O caso reflete um padrão já observado ao longo da pandemia, em que decisões técnicas de autoridades sanitárias são utilizadas fora de contexto para minar a confiança da população na vacinação. Com milhões de vidas salvas pelas vacinas desde 2021, a ciência continua reafirmando sua eficácia e segurança.
Especialistas recomendam que o público consulte fontes confiáveis e evite compartilhar conteúdos sensacionalistas. O combate à desinformação segue sendo uma peça-chave na luta contra a Covid-19 e suas consequências.