Aluno da Escola Estadual Pajé Miguel Selestino, de Palmeira dos Índios, Aurinã da Silva Queiroz é o primeiro representante dos povos indígenas de Alagoas a ganhar uma medalha na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Ele foi bronze no nível regional, que premia os melhores desempenhos por estado. A cerimônia de premiação aconteceu no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
“Como indígena do povo Xukuru-Kariri, estou muito feliz. A OBMEP me incentivou a aprender as áreas mais avançadas da matemática, como geometria, álgebra, etc. Essa premiação é um grande avanço para mim e para a Escola Estadual Indígena Pajé Miguel Selestino da Silva”, celebra o jovem.
O diretor da instituição, Gecinaldo Soares Queiroz, também comemora o feito de Aurinã. “Estamos felizes por um dos nossos estudantes, de modo geral, representar tantos outros estudantes indígenas de Alagoas. Acreditamos no valor da educação indígena, no agir ético, na defesa de nossa cultura, no reconhecimento dos saberes tradicionais, na garantia do território, de sonhos e projetos, do currículo que realizamos”, afirma.
Setenta e seis estudantes da rede estadual de Alagoas receberam medalhas na cerimônia do último dia 25 – dos quais 7 são de ouro, 17 são de prata e 52 são de bronze. Ao todo, 314 estudantes de escolas públicas e privadas de todo o estado foram premiados no evento.
A rede estadual de ensino de Alagoas teve seu melhor desempenho na história da OBMEP nesta edição, somando quatro medalhas de ouro na etapa nacional da competição. Nos 18 anos de existência da olimpíada, o melhor resultado das escolas estaduais havia sido duas medalhas de ouro na edição 2019 e outras duas na edição 2021.
*Com Ascom Seduc