
Escola de Maribondo, AL, é interditada depois de alunos passarem mal com coceira e falta de ar.
Alunos de uma escola pública do município de Maribondo, no interior de Alagoas, foram parar no posto de saúde com coceira e falta de ar. Esta foi a terceira vez que eles foram atendidos com o mesmo problema. A escola foi interditada nesta quarta-feira (2). As aulas estão suspensas por tempo indeterminado.
Mais de 20 alunos foram direto de uma sala de aula da Escola Municipal de Educação Básica Dom Pedro I para a unidade de saúde.
Um vídeo mostra os alunos se coçando. Eles precisaram ser atendidos e medicados.
Por meio de nota, a Sesau informou que já prestou orientação técnica a Secretaria Municipal de Saúde de Maribondo e que, nesta quinta-feira (3), vai encaminhar uma equipe da Vigilância Epidemiológica para avaliar de perto a situação. E que também será coletado material biológico dos alunos para a realização de exames.
"Começou a coçar meus braços. Dos braços foi para a perna. Da perna foi para a barriga. E da barriga demorou uns minutinhos e começou nas costas", contou o aluno Vagner dos Santos.
A mãe Verônica dos Santos disse que a situação preocupa os pais.
"Depois disso todo mundo está com medo de mandar as crianças para a escola. Ninguém sabe nem o que está acontecendo. Eu fiquei muito assustada. Só quero entender o que está acontecendo", contou a mãe.
A aluna Larisse Eduarda da Costa falou sobre os sintomas.
"Ficou queimando muito. A única solução é coçar, porque queima e arde o corpo.
A mãe Josefa Silvania da Costa falou do susto: "A vizinha disse, sua filha já tá na unidade de emergência. Quando eu cheguei lá, as outras crianças que estavam com quadro menor estavam na recepção já sendo atendidas. Ela [a filha Larisse] com mais duas crianças já estavam na enfermaria no balão de oxigênio", falou a mãe da estudante.
Outro vídeo mostra o momento em que os estudantes aguardavam atendimento no posto de saúde. Eles aparecem se coçando.
"Todas as orientações e procedimentos de primeiros socorros foram feitos aqui no pronto atendimento de Maribondo e todas as crianças após mais ou menos três horas saíram do serviço, todas sem apresentar nenhum sintoma aparente de intoxicação exógena", explicou a enfermeira Rebeca Oliveira.
Esta foi a terceira vez em que os alunos da mesma sala de aula passaram mal.
"Das duas últimas vezes a gente fez a coleta de sangue, do hemograma, para que tivesse investigação dessas crianças, porém, a maioria dos resultados foram normais. E hoje a gente ficou mais apreensivo porque agrava a cada momento. A cada momento tem um agravo, porque as crianças estão mais nervosas, os pais estão mais nervosos. E assim, eles agravam, inclusive, o processo respiratório dessas crianças", disse a secretária municipal de saúde, Ledja Costa Melo.
"Eles são medicados de forma de emergência e levam a medicação prescrita para fazer todo o tratamento antialérgico em casa também", complementou a secretária de saúde de Maribondo.
A Vigilância Sanitária Municipal esteve na escola nesta quinta. A sala foi fechada e a escola foi interditada para aguardar a chegada da Vigilância Sanitária Estadual.
As aulas foram suspensas por tempo indeterminado.
"Por enquanto a escola permanece interditada até nós termos uma segurança maior que poderemos reabrir a escola com tranquilidade", explicou a secretária municipal de educação Elba Siqueira.
O Conselho Tutelar está acompanhando o caso e cobra explicações.
"Encaminhamos o caso para a polícia civil, para investigação. O promotor do município também já está ciente da situação", disse o conselheiro tutelar Jadson Vieira dos Santos.
* Com G1
