Luisa González, de esqueda, e o atual presidente Daniel Noboa disputam o segundo turno — Foto: Karen Toro/Reuters
Os equatorianos vão às urnas neste domingo (13) para escolher entre o atual presidente Daniel Noboa e a opositora Luisa González, em um segundo turno eleitoral extremamente acirrado. O país enfrenta um cenário de violência, polarização política e crise econômica.
As pesquisas apontam empate técnico: Noboa aparece com 50,3% dos votos válidos segundo a Comunicaliza, enquanto a Telcodata dá 50,2% para González. Ambas as projeções estão dentro da margem de erro.
Na véspera da votação, Noboa decretou estado de exceção em sete províncias e em Quito, devido à ameaça do narcotráfico. González, por sua vez, denunciou a troca repentina de sua equipe de segurança, criticando o governo por suposta irresponsabilidade.
O Equador, localizado entre Colômbia e Peru — os maiores produtores de cocaína do mundo —, tornou-se um importante corredor do tráfico internacional. Desde 2023, mais de 30 políticos foram assassinados, e o país enfrenta uma escalada de homicídios, mesmo com militares nas ruas.
Noboa, de centro-direita, defende políticas neoliberais e forte repressão ao crime, enquanto González, aliada do ex-presidente Rafael Correa, propõe um Estado mais atuante no combate à pobreza. O resultado da eleição deve ser decidido voto a voto, em um clima de forte insegurança e incerteza política.