Na última terça-feira (17), a Embaixada de Israel no Brasil criticou uma resolução do PT sobre a guerra no Oriente Médio, onde o partido condena os ataques cometidos pelo Hamas e pelo Estado de Israel, alegando que este último também comete um genocídio, através de uma série de crimes de guerra. Segundo a Embaixada, a comparação entre uma organização terrorista e o governo israelense é lamentável.
“Qualquer pessoa que pense que o assassinato bárbaro, a violação e a decapitação de pessoas é uma posição política, ou que se trata apenas de uma luta política legítima, possui uma extrema falta de compreensão da atual situação. É muito lamentável que um partido que defende os direitos humanos compare a organização terrorista Hamas, que vai de casa em casa para assassinar famílias inteiras, com o que o governo israelense está fazendo para proteger os seus cidadãos. Deve ser feita uma forte separação entre a organização terrorista Hamas e os palestinos”, diz o texto, postado na rede social X, antigo Twitter.
O pronunciamento do PT foi publicado na última segunda-feira (16). “Condenamos os ataques inaceitáveis, assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel, que realiza, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”, diz o texto. Segundo o partido, os crimes seriam o corte de água, energia, alimentos e remédios.
O PT também apoiou a atuação do governo brasileiro e do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a favor do cessar-fogo. O partido do presidente Lula afastou a possibilidade de aproximação com o Hamas e disse manter relações partidárias com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e com a Autoridade Nacional Palestina, sediada em Ramallah.