Segundo cientistas, o pior ainda está por vir: os extremos climáticos no Brasil tendem a piorar à medida que o El Niño avança para o pico de sua atividade, em dezembro. Os especialistas preveem que a seca na Amazônia se agravará, além de haver mais calor no Centro-Oeste e Sudeste e fortes chuvas no Sul.
O alerta foi dado no evento “Crise climática e desastres como consequência do El Niño 2023-2024: impactos observados e esperados no Brasil”, que reuniu na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro, alguns dos maiores climatologistas do país.
O El Niño é um fenômeno que ocorre irregularmente, em média a cada três ou quatro anos, em que a distribuição de temperatura nas águas superficiais do Pacífico se altera, com consequências no clima do mundo inteiro. O El Niño deste ano foi decretado em junho e a previsão é de que seja particularmente forte, cenário agravado pelas mudanças climáticas.