Israel enfrenta uma onda de condenação na ONU, na Corte Internacional de Justiça e dezenas de países por sua operação militar em Gaza, que matou aproximadamente 29 mil palestinos, muitos deles mulheres e crianças, e deixou grande parte do território em ruínas.
A pressão global está deixando o governo israelense e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu isolados. Desta vez, Israel está enfrentando uma rara quebra com os Estados Unidos. Na administração Joe Biden está circulando um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU, que alertaria o Exército israelense para não realizar uma ofensiva terrestre em Rafah, perto do Egito, onde mais de 1 milhão de refugiados palestinos estão se abrigando. Também pediria um cessar-fogo temporário.
“Para os israelenses, essas organizações estão contra nós” — disse Michael Oren, ex-embaixador de Israel nos Estados Unidos, referindo-se à ONU, à Corte Internacional de Justiça e a outros órgãos. — “O que eles fazem não nos afeta estrategicamente, taticamente ou operacionalmente”.
Mas Oren reconheceu que qualquer quebra com os Estados Unidos, seu maior fornecedor de armas, poderoso aliado político e principal defensor internacional, seriam prejudiciais.