Daniel Noboa, atual presidente do Equador, é reeleito com 55,8% dos votos | Foto: Reprodução/Redes Sociais
O atual presidente do Equador, Daniel Noboa, foi reeleito neste domingo (13) após vencer o segundo turno das eleições presidenciais contra a candidata de esquerda Luisa González. A vitória foi reconhecida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com pouco mais de 90% das urnas apuradas, que considerou a vantagem de 12 pontos percentuais sobre González como "irreversível".
Apesar do resultado, González se recusou a aceitar a derrota, acusando o processo eleitoral de fraude. Em um pronunciamento diante de seus apoiadores, afirmou que não reconhecia os resultados e exigiu uma recontagem dos votos. “Não acredito que o povo prefira mentiras em vez da verdade, violência em vez de paz e unidade", declarou. De acordo com o El País, González ainda aponta que Noboa cometeu abuso de poder na campanha, utilizando "as autoridades da CNE e do Tribunal Contencioso Eleitoral (TCE) para fazer o que queria, para atropelar a democracia, e depois declarou estado de emergência para garantir a fraude grotesca que estamos testemunhando".
O CNE, por sua vez, refutou as acusações, com sua presidente, Diana Atamaint, enfatizando que "não há fundamentos para alegações de fraude", e que estas prejudicam a confiança nas instituições democráticas do país.
Noboa, no entanto, em seu discurso para os apoiadores declarou que "não há dúvidas quem é o vencedor", destacando a vantagem de mais de 10 pontos sob sua opositora. Ele também agradeceu à sua equipe, "que luta todos os dias para ter um país melhor", e aos seus ministros, "que conquistaram grandes feitos", apesar dos "recursos limitados".
A eleição deste domingo teve uma participação de 84% do eleitorado, segundo o CNE, e ocorreu sem maiores incidentes de segurança. No entanto, o clima político e social do Equador permanece tenso, com o aumento da violência e da atuação de gangues ligadas ao narcotráfico.
O segundo turno seguiu o mesmo padrão do primeiro turno, em que as diferenças entre os candidatos foram mínimas, com González à frente por apenas 0,17%. Em meio a esse cenário, as projeções de pesquisa indicaram uma disputa apertada, com algumas apontando uma vitória de Noboa por uma margem ligeiramente maior que a prevista.
Em 2023, o então presidente Guillermo Lasso dissolveu a Assembleia Nacional do Equador para "por fim à crise política no país". Na época, o país passou por uma eleição antecipada, onde Noboa venceu González no segundo turno.
É ex-deputado de centro-direita, empresário e herdeiro do pai Álvaro Noboa, magnata do setor de bananas. Álvaro concorreu ao cargo cinco vezes, sem sucesso.
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1, quando foi eleito para a Assembleia Nacional e presidiu a Comissão de Desenvolvimento Econômico.
Ele fundou uma empresa de organização de eventos aos 18 anos e, em seguida, se juntou à Noboa Corp., empresa de seu pai, onde ocupou cargos de gestão nas áreas de transporte, logística e comércio.
